Por Amor ao Zero – A Falibilidade Humana e o Risco – 176 páginas – 2022
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Este livro visa contribuir com o debate sobre o valor do zero dano como um objetivo e como uma ferramenta motivacional para estimular a propriedade do risco. A popularidade cada vez maior do mantra de dano zero na mineração, na construção e nas indústrias relacionadas se espalharam como uma epidemia nos últimos 20 anos.
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Sobre o que é este livro
Este livro visa contribuir com o debate sobre o valor do zero dano como um objetivo e como uma ferramenta motivacional para estimular a propriedade do risco. A popularidade cada vez maior do mantra de dano zero na mineração, na construção e nas indústrias relacionadas se espalharam como uma epidemia nos últimos 20 anos.
Mas esse conceito é o tudo que afirma ser? Será que a adoção da linguagem do dano zero foi mesmo bem pensada? O conceito de dano zero inspira e motiva a liderança, a propriedade e as melhores práticas? O discurso do dano zero promove o resultado certo ou há dinâmicas escondidas associadas à sua promoção? Qual a lógica do dano zero? A ideologia do dano zero é ética ou mesmo útil? A mentalidade de oposição binária que acompanha o zero está ajudando a levar as pessoas a pensar, aprender e dialogar sobre risco? A linguagem do “zero” perpetua o adversarialismo? Será que o discurso do dano zero estimula de forma contraintuitiva o oposto do que busca alcançar? Estes e muitos outros questionamentos serão respondidos nas discussões deste livro.
Para onde quer que você olhe na indústria da mineração e da construção, você verá a defesa do dano zero. O Governo do Estado de Queensland oferece um “Programa de Liderança em Zero Dano no Trabalho” como parte da “estratégia de zero dano” deles, com mais de 300 membros advindos de quase todas as empresas atuantes no estado (http://www.deir.qld.gov.au/workplace/zeroharm/partners/index.htm). Você pode encontrar empresas denominadas de Zero Dano e ofertas de emprego para a vaga de “Gerente de Zero Dano”. Há anúncios de “serviços de auditoria em zero dano”, “treinamentos em zero dano”, “diretores de zero dano” e “alvarás de zero dano”.
Enquanto você voa pela Austrália e caminha pelos saguões dos aeroportos, emblemas de zero dano estão em todo lugar: camisetas, copos, garrafas e em qualquer bugiganga imaginável de marketing. Contudo, não estão no marketing das companhias aéreas.
A linguagem do dano zero parece estar em todo lugar. As empresas dão “prêmios de segurança por zero dano”, falam sobre “projetar o zero dano”, “em direção a zero dano” e “pense zero dano”. Algumas até fazem um uso absurdo da linguagem, defendendo uma linguagem sem sentido, como “além do zero dano”.
Portanto, ao escrever este livro, eu posso não estar ganhando um monte de amigos e certamente estou remando contra a maré. Seria fácil endossar o status quo e dizer para todo mundo o que eles querem ouvir. A linguagem da simplicidade soa tão atraente e é certamente uma fonte de renda para consultorias de segurança ocupacional, segurança patrimonial e gerenciamento de risco. Se você quiser oferecer treinamento na área de risco ou você cumpre os requisitos e apoia o zero acidente ou você não faz negócio.
Todavia, isso seria contrário à evidência que mostra que o conceito e a linguagem do zero estão longe de serem inofensivos ou motivacionais.
A maioria dos argumentos para o zero acidente é baseada num argumento de oposição binária, tipo preto e branco, bem como na compreensão simplista do estabelecimento de metas. O argumento é: não pode existir meta para danos que faça sentido, portanto, a única meta só pode ser zero dano. Eu chamo isto de “argumento de oposição binária”.
A maioria dos argumentos contra o zero dano é baseada na incongruência do absolutismo do zero com a limitação e com a imperfeição humana. Eu chamo esse argumento de “argumento da incongruência”. A estratégia deste livro é estender e ir muito além do argumento da incongruência. A linguagem do zero pode ser incongruente, mas o que é pior é que ela “pré-ativa” um discurso e um pensamento que são anti-aprendizado e anticomunidade.
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